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EXISTEM ESPÍRITOS?


Todos nós temos um desejo incontido de fazer com que os outros entendam nossos pontos de vista, que aceitem nossos princípios religiosos ou filosóficos. Assim é que os espíritas procuram levar aos outros a convicção da existência dos espíritos.

Kardec nos fala que somente devemos nos propor a tanto quando o nosso interlocutor admitir a existência de Deus, da alma, bem como a sua sobrevivência. Aceita essa premissa, temos condições de prosseguir na abordagem do tema em questão, ou seja, a existência do espírito.

O espírito nada mais é que a alma após o seu desligamento dos laços que a prendem ao corpo carnal. Esse desprendimento se dá com o enfraquecimento do princípio vital, que é o responsável pelo agregamento do perispírito ao corpo.

O princípio vital (fluído animalizado) retorna à fonte, o fluído cósmico, quando da morte física. Aceita a existência do espírito, que nada mais é que a sobrevivência da alma, automaticamente temos que concordar que ele esteja na erraticidade- designação do espaço sem fronteiras, que é o infinito sideral.

Entretanto, devemos lembrar que a possibilidade de locomoção do espírito nesse espaço é relativa às suas condições evolutivas. Assim sendo, é natural que os espíritos inferiores estejam limitados a uma área que poderíamos denominar atmosfera terrestre.

Estando elas nas circunvizinhanças de nosso planeta, e grande percentagem junto a nós, influindo e sendo influenciados, nada impede que eles possam acentuar essa influência até o ponto de serem perceptíveis àqueles que lhes proporcionam essas possibilidades, os quais são denominados médiuns (1), pelas suas condições sensitivas.

Esse contato com a população espiritual é bem maior do que imaginamos, conforme nos ensina Kardec, a ponto de agirmos frequentemente como intérpretes, mais ou menos, segundo a passividade (2) e a sintonia estabelecida.

Uma das rejeições apresentadas pelos que não concordam com essa tese é a de que, sendo o espírito imaterial, não poderia atuar no material. Mas devemos lembrar que o espírito está revestido de um corpo fluídico, que é material, que contacta com o corpo vital (corpo fluídico mais denso que o perispírito), e é graças a esses intermediários que se dá a comunicação.

Isso é admissível, tendo em vista que a telepatia é também uma comunicação entre pessoas (espíritos encarnados), mesmo que estejam bem afastados uma das outras. E a telepatia é aceita pela ciência, inclusive pela materialista (parapsicólogos russos, entre outros).

O professor J.B.Rhine, da Duke University, Estados Unidos, chegou à conclusão de que a mente não é física, mas age por via extrafísica sobre o mundo material. Devemos lembrar ainda que o vapor e a eletricidade são fluídicos, no entanto são potentes meios de atuar sobre a matéria. "A luz imponderável não exerce ação química sobre matéria ponderável?" (3)

Os preconceitos estão caindo e as mentes estão se arejando, e hoje, felizmente, as afirmações espíritas estão sendo levadas a sério, graças à evolução intelectual e à queda das barreiras representadas pelo orgulho e fanatismo.

"Se o Espiritismo tivesse aparecido antes das descobertas científicas, teria abortado, como tudo o que vem antes do tempo."(4)

Outra grande colaboração dada para que os incrédulos aceitassem a verdade da sobrevivência da alma e da sua comunicabilidade com os encarnados é a dos abnegados médiuns que se prestaram a diversos tipos de experiências.

Entre tantos, mencionemos Daniel Dunglas Home, Eusápia Paladino, Elisabeth d'Espérance, Florence Cook, Kathleen Goligher e Leonora Piper. Esta última, por exmplo, conservou até o desencarne uma pequena cicatriz no pulso, resultado de uma incisão durante as pesquisas, a recordar o quanto eram exigentes os pesquisadores da Society for Psychical Research (Sociedade para Pesquisa Psíquica).

No campo dos eleitos intelectuais, podemos citar Andrew Jacskon Davis, reverendo George Vale Owen, Zilda Gama, Yvonne Pereira, Divaldo Pereira Franco e Francisco Cândido Xavier, todos com inúmeros livros psicografados, nos mais variados tipos de conhecimentos; assim como os médiuns curadores, que tantos benefícios prestaram à humanidade, minimizando os seus sofrimentos, sejam eles de origem material ou espiritual.

A Bíblia e todos os livros-base de doutrinas religiosas são repositórios de relatos do intercâmbio entre os espíritos e os homens. Os grandes profetas e líderes religiosos são os personagens que marcaram as páginas da história pelas suas demonstrações fenomênicas, acordando-nos do sono milenar para as realidades espirituais, contribuindo dessa forma para o progresso da civilização.

(1) médium-toda pessoa que sente em um grau qualquer a influência dos espíritos. Esta é a definição de Allan Kardec, que precisou grafar esta palavra, "médium", para designar essa faculdade.

(2) passividade- ação de se deixar receber efeitos e emoções dos espíritos.

(3) O Livros dos Médiuns, Allan Kardec, cap. 1

(4) A Gênese, Allan Kardec

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